2 de set. de 2007

A PAZ NO MUNDO


A paz no mundo começa dentro de mim
Quando eu me aceito de corpo e alma
E reconheço os meus defeitos com paciência e calma
E em vez de me fragmentar em mil pedaços
Eu me coloco inteiro no que penso sinto e faço
Passageiro no tempo e no espaço
Sem nada pra levar que possa me prender
Sem medo de errar
E com muita vontade de aprender
A paz no mundo começa entre nós
Quando aceito o teu modo de ser
Sem me opor ou resistir

E reconheço as tuas virtudes
Sem te invejar ou me retrair
E faço das nossas diferenças
A base da nossa convivência
E em lugar de te dividir em mil personagens
Consigo ver-te inteiro nu real
Sem nenhuma maquiagem
Companheiros da mesma viagem
No processo de aprendizagem do que é ser gente
A paz no mundo começa
Quando as palavras se calam
E os gestos se multiplicam
Quando se reprime a vergonha e se expressa a ternura
Quando se repudia a doença e se enaltece a cura

Quando se combate a normalidade que virou loucura
E se estimula o delírio de melhorar a humanidade
De construir uma outra sociedade
Com base numa outra relação
Em que amar é regra e não mais a exceção

de Geraldo Eustáquio de Souza